This Isn T A Goodbye Is A Simple See You Later
POV ANUENG
Tudo virou um vulto depois daquele "Como vai Nueng. Mal consigo me recordar de muita coisa. Me lembro de uma mão tomando a minha e me guiando para um táxi. No táxi, uma breve ligação da qual só me lembro meias-palavras. Do táxi para um quarto com uma bela vista do Central Parque.
Meu estômago está em nos. Posso sentir o suor escore do em minhas costa e provavelmente molhando minha blusa. Mal consigo fazer com que ar entre em meus pulmões.
Deus, estou prestes a ter um ataque de pânico?
"Nueng, eu preciso que você respire fundo. Consegue fazer isso por mim"
Ouço sua voz, mas não consigo seguir seus comandos.
"Nueng." - ela toma minha mão e a leva a seu peito - "Tente me acompanhar, okay. Inspira, expira."
Posso sentir seu peito subir e descer e tento fazer o mesmo.
"Ótimo. Muito bom Nueng." - diz com uma voz suave - "Mais uma vez. Inspira e expira."
Mais uma vez puxo o ar e dessa vez consigo finalmente encher meus pulmões. Consigo sentir meu corpo se acalmando. O no em meu estômago ainda se faz presente, mas imagino que o mesmo só ira embora depois da conversa que provavelmente vamos ter. Mas, por tudo que é mais sagrado, não sei dizer se essa conversa vai terminar com um final feliz ou com uma de nos se debulhando em lágrimas.
"Muito bom, Nueng." - ela diz e finalmente consigo a olhar. Realmente olhar para ela.
São poucas as mudanças, mas elas estão presentes. Seu cabelo parece estar mais, apesar de ainda estar preso em seu típico coque samurai. Seus braços, expostos pela camisa sem mangas, parecem um pouco mais fortes, como se ela estivesse passando um tempo na academia. Mas seus olhos. Esses permanecem os mesmos. Os mesmos olhos cheios de verdades e demônios escondidos. Os mesmos olhos que sempre me fizeram perder a respiração, só por um momento, sempre que me olhavam. Sua postura parece ser a de alguém que finalmente está totalmente livre. Parece que o peso que carregava em seus ombros foi finalmente tirado, não sei dizer se foi devido ao falecimento de sua avó ou se foi minha ausência. E sinceramente tenho medo de descobrir.
"Ar-Nueng, o que faz aqui?" - finalmente pergunto
"Achei que ficaria mais feliz em me ver. " - diz com um meio sorriso - "Trabalho. Estou aqui a trabalho."
"Claro." - digo sentindo uma raiva crescer em mim - "Estupidez de minha parte pensar que finalmente veio me ver."
"Nueng." - indaga - "Não fale desse jeito. É óbvio que teria te procurado se soubesse que estava aqui."
"Óbvio?!" - eu rosno - "Como era óbvio que me procuraria por esses três anos?! Três anos!"
"Nueng. Eu juro que não sabia que-
" Me poupe Ar-Nueng!" - berrei sentindo lágrimas se formando em meus olhos - "Você simplesmente desapareceu. Nem um telefonema. Nenhum email. Nenhuma carta. Nem a porra de um sinal de fumaça. E eu fiquei aqui te esperando todos esses anos, e você tem a coragem de me dizer que não sabia onde eu estava. Eu tenho cara de idiota para você!"
"Eu não sabia onde você estava Nueng." - ela diz de maneira firme, mas sem levantar a voz -" Eu tenho te procurado por todos esses anos. Eu liguei, mas o seu número foi desligado. Eu te procurei nas redes sociais, mas aparentemente você não está em nenhuma. Eu mandei cartas para o endereço que tinha de sua mãe, só para todas voltarem ao remetente. Eu até contratei uma detetive particular para te encontrar, mas aparentemente ser uma M.L não é o suficiente para que ele não fosse comprado por sua família." - suspira antes de continuar - "Acredita em mim, Nueng. Não tem nada nesse mundo que eu não tenha tentado para te encontrar. Eu até me humilhei, me jogando aos pés de sua avó para tentar conseguir alguma informação, mas tudo o que ela me disse foi:"Deixe minha neta em paz, Khun Nueng. Deixe-a seguir seu caminho. Deixe que ela viva da maneira correta."
"Não..." - eu disse, negando com a cabeça - "Não mente para mim."
"Não estou." - diz se aproximando de mim e tomando meu rosto em suas mãos- "Eu ainda tenho todas as cartas. Eu ainda tenho todos os arquivos do detetive. Não estou mentindo. Eu realmente tenho procurado por você, minha boa garota."
Depois daquilo, eu desabei. Caí em seus braços e chorei. Deixei todo aquele desespero, aquela angústia, aquela raiva que me consumia há três anos, sair de meu peito.
"Vai ficar tudo bem, meu amor." - ela sussurra ao beijar minha testa - "Estou aqui agora."
Não sei quanto tempo passei em seis braços, só sei que em algum momento ela nos guiou para o sofá e me colocou em seu colo. E ali fiquei. Apenas sentindo seu corpo contra o meu. Sentindo seu perfume. E suas mãos acariciando meus cabelos.
"Isso é coisa de minha mãe, não é?" - eu disse com a voz rouca
"Também. " - ela concordou- "Seu pai e sua avó com certeza a ajudaram."
"Como eles puderam fazer isso comigo?" - perguntei ainda tentando entender o que fiz de tão errado para que aqueles que deveriam me amar só me machucam - "O que nós temos e tão errado assim?"
"Não. O que nos temos não é errado." - ela diz com fidelidade - "Não sei o que se passa na cabeça deles, Nueng. O que eu sei é que, agora que te achei, não te deixo mais."
"Promete?"
"Por tudo que me é mais sagrado."
"Disse que veio a trabalho, qual deles? O restante ou a galera?"
"Galeria. Tenho que me encontrar com um artista que quer exibir suas obras no nosso espaço."
"Me conta mais." - peço manhosa -" Na verdade, quero saber de tudo. Tudo o que passou nesses três anos."
"Bom..."
Passamos o resto do dia ali naquele sofá. Ela me contou tudo. Sobre como abriu os restaurantes, como a sua relação com sua irmã e cunhada melhorou muito, como me procurou por todo esse tempo e, por último, como abriu a galeria. Em resposta, contei tudo a ela. Sobre como minha relação com minha mãe ainda era precária, como ela ainda tentava me controlar e me fazer a filha perfeita. Contei sobre a minha, não existente, relação com Chet, já que desde de que vim para os Estados Unidos era como se ele simplesmente tivesse me esquecido. Contei como meu padrasto era mais pai do que meu próprio pai. Sinceramente, amo August. Ar-Nueng pareceu feliz em ouvir que eu tinha pelo menos uma pessoa que realmente me ama e me entende, acho que eles vão se dar muito bem. Contei sobre meu namoro, o que a deixou encomendada, mas ela precisa saber disso, afinal, se vamos seguir em frente e ficarmos juntos, ela tem que conhecer a mulher que me tornei, não só a menina que vivia correndo atrás dela. Por último, contei de minha graduação e do meu trabalho, o que a surpreendeu.
"Não virou DJ como queria?"
"Não. Mas está tudo bem. Gosto do meu emprego. Estou feliz com o que faço."
"Se está feliz, então é tudo que importa. "- sorri ela antes de beijar minha testa e se levantar- "Está com fome? Podemos pedir algo para jantarmos. O que acha?"
Antes que eu pudesse responder, meu telefone tocou. Sem olhar para o mesmo, eu já sabia quem era.
"Atenda."
"Não quero falar com ela." - eu disse, sentindo novamente uma raiva crescendo em mim -" Não sei se vou conseguir olhar na cara dela sem explodir."
"Eu sei, teerak." - diz se ajoelhado na minha frente - "Mas ela vai ligar novamente."
"Eu sei. Só não consigo."
"Tudo bem." - diz antes de suspirar e pegar meu celular e desligá-lo -" Lidamos com isso amanhã. Por hora, somo só nos duas decidindo o que vamos comer."
Fique feliz com sua atitude. Amanhã encararíamos o que viesse, por hora seríamos só nós duas em um quarto de hotel, tentando nos reconectar depois de tanto tempo longe uma da outra.
Tudo virou um vulto depois daquele "Como vai Nueng. Mal consigo me recordar de muita coisa. Me lembro de uma mão tomando a minha e me guiando para um táxi. No táxi, uma breve ligação da qual só me lembro meias-palavras. Do táxi para um quarto com uma bela vista do Central Parque.
Meu estômago está em nos. Posso sentir o suor escore do em minhas costa e provavelmente molhando minha blusa. Mal consigo fazer com que ar entre em meus pulmões.
Deus, estou prestes a ter um ataque de pânico?
"Nueng, eu preciso que você respire fundo. Consegue fazer isso por mim"
Ouço sua voz, mas não consigo seguir seus comandos.
"Nueng." - ela toma minha mão e a leva a seu peito - "Tente me acompanhar, okay. Inspira, expira."
Posso sentir seu peito subir e descer e tento fazer o mesmo.
"Ótimo. Muito bom Nueng." - diz com uma voz suave - "Mais uma vez. Inspira e expira."
Mais uma vez puxo o ar e dessa vez consigo finalmente encher meus pulmões. Consigo sentir meu corpo se acalmando. O no em meu estômago ainda se faz presente, mas imagino que o mesmo só ira embora depois da conversa que provavelmente vamos ter. Mas, por tudo que é mais sagrado, não sei dizer se essa conversa vai terminar com um final feliz ou com uma de nos se debulhando em lágrimas.
"Muito bom, Nueng." - ela diz e finalmente consigo a olhar. Realmente olhar para ela.
São poucas as mudanças, mas elas estão presentes. Seu cabelo parece estar mais, apesar de ainda estar preso em seu típico coque samurai. Seus braços, expostos pela camisa sem mangas, parecem um pouco mais fortes, como se ela estivesse passando um tempo na academia. Mas seus olhos. Esses permanecem os mesmos. Os mesmos olhos cheios de verdades e demônios escondidos. Os mesmos olhos que sempre me fizeram perder a respiração, só por um momento, sempre que me olhavam. Sua postura parece ser a de alguém que finalmente está totalmente livre. Parece que o peso que carregava em seus ombros foi finalmente tirado, não sei dizer se foi devido ao falecimento de sua avó ou se foi minha ausência. E sinceramente tenho medo de descobrir.
"Ar-Nueng, o que faz aqui?" - finalmente pergunto
"Achei que ficaria mais feliz em me ver. " - diz com um meio sorriso - "Trabalho. Estou aqui a trabalho."
"Claro." - digo sentindo uma raiva crescer em mim - "Estupidez de minha parte pensar que finalmente veio me ver."
"Nueng." - indaga - "Não fale desse jeito. É óbvio que teria te procurado se soubesse que estava aqui."
"Óbvio?!" - eu rosno - "Como era óbvio que me procuraria por esses três anos?! Três anos!"
"Nueng. Eu juro que não sabia que-
" Me poupe Ar-Nueng!" - berrei sentindo lágrimas se formando em meus olhos - "Você simplesmente desapareceu. Nem um telefonema. Nenhum email. Nenhuma carta. Nem a porra de um sinal de fumaça. E eu fiquei aqui te esperando todos esses anos, e você tem a coragem de me dizer que não sabia onde eu estava. Eu tenho cara de idiota para você!"
"Eu não sabia onde você estava Nueng." - ela diz de maneira firme, mas sem levantar a voz -" Eu tenho te procurado por todos esses anos. Eu liguei, mas o seu número foi desligado. Eu te procurei nas redes sociais, mas aparentemente você não está em nenhuma. Eu mandei cartas para o endereço que tinha de sua mãe, só para todas voltarem ao remetente. Eu até contratei uma detetive particular para te encontrar, mas aparentemente ser uma M.L não é o suficiente para que ele não fosse comprado por sua família." - suspira antes de continuar - "Acredita em mim, Nueng. Não tem nada nesse mundo que eu não tenha tentado para te encontrar. Eu até me humilhei, me jogando aos pés de sua avó para tentar conseguir alguma informação, mas tudo o que ela me disse foi:"Deixe minha neta em paz, Khun Nueng. Deixe-a seguir seu caminho. Deixe que ela viva da maneira correta."
"Não..." - eu disse, negando com a cabeça - "Não mente para mim."
"Não estou." - diz se aproximando de mim e tomando meu rosto em suas mãos- "Eu ainda tenho todas as cartas. Eu ainda tenho todos os arquivos do detetive. Não estou mentindo. Eu realmente tenho procurado por você, minha boa garota."
Depois daquilo, eu desabei. Caí em seus braços e chorei. Deixei todo aquele desespero, aquela angústia, aquela raiva que me consumia há três anos, sair de meu peito.
"Vai ficar tudo bem, meu amor." - ela sussurra ao beijar minha testa - "Estou aqui agora."
Não sei quanto tempo passei em seis braços, só sei que em algum momento ela nos guiou para o sofá e me colocou em seu colo. E ali fiquei. Apenas sentindo seu corpo contra o meu. Sentindo seu perfume. E suas mãos acariciando meus cabelos.
"Isso é coisa de minha mãe, não é?" - eu disse com a voz rouca
"Também. " - ela concordou- "Seu pai e sua avó com certeza a ajudaram."
"Como eles puderam fazer isso comigo?" - perguntei ainda tentando entender o que fiz de tão errado para que aqueles que deveriam me amar só me machucam - "O que nós temos e tão errado assim?"
"Não. O que nos temos não é errado." - ela diz com fidelidade - "Não sei o que se passa na cabeça deles, Nueng. O que eu sei é que, agora que te achei, não te deixo mais."
"Promete?"
"Por tudo que me é mais sagrado."
"Disse que veio a trabalho, qual deles? O restante ou a galera?"
"Galeria. Tenho que me encontrar com um artista que quer exibir suas obras no nosso espaço."
"Me conta mais." - peço manhosa -" Na verdade, quero saber de tudo. Tudo o que passou nesses três anos."
"Bom..."
Passamos o resto do dia ali naquele sofá. Ela me contou tudo. Sobre como abriu os restaurantes, como a sua relação com sua irmã e cunhada melhorou muito, como me procurou por todo esse tempo e, por último, como abriu a galeria. Em resposta, contei tudo a ela. Sobre como minha relação com minha mãe ainda era precária, como ela ainda tentava me controlar e me fazer a filha perfeita. Contei sobre a minha, não existente, relação com Chet, já que desde de que vim para os Estados Unidos era como se ele simplesmente tivesse me esquecido. Contei como meu padrasto era mais pai do que meu próprio pai. Sinceramente, amo August. Ar-Nueng pareceu feliz em ouvir que eu tinha pelo menos uma pessoa que realmente me ama e me entende, acho que eles vão se dar muito bem. Contei sobre meu namoro, o que a deixou encomendada, mas ela precisa saber disso, afinal, se vamos seguir em frente e ficarmos juntos, ela tem que conhecer a mulher que me tornei, não só a menina que vivia correndo atrás dela. Por último, contei de minha graduação e do meu trabalho, o que a surpreendeu.
"Não virou DJ como queria?"
"Não. Mas está tudo bem. Gosto do meu emprego. Estou feliz com o que faço."
"Se está feliz, então é tudo que importa. "- sorri ela antes de beijar minha testa e se levantar- "Está com fome? Podemos pedir algo para jantarmos. O que acha?"
Antes que eu pudesse responder, meu telefone tocou. Sem olhar para o mesmo, eu já sabia quem era.
"Atenda."
"Não quero falar com ela." - eu disse, sentindo novamente uma raiva crescendo em mim -" Não sei se vou conseguir olhar na cara dela sem explodir."
"Eu sei, teerak." - diz se ajoelhado na minha frente - "Mas ela vai ligar novamente."
"Eu sei. Só não consigo."
"Tudo bem." - diz antes de suspirar e pegar meu celular e desligá-lo -" Lidamos com isso amanhã. Por hora, somo só nos duas decidindo o que vamos comer."
Fique feliz com sua atitude. Amanhã encararíamos o que viesse, por hora seríamos só nós duas em um quarto de hotel, tentando nos reconectar depois de tanto tempo longe uma da outra.
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