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Temptation Choni Version


POV TONI

Dois dias depois...

A pequena cidade que chegamos parecia muito boa, exceto por algumas pessoas deitadas com sintomas óbvios de peste, era óbvio que as bruxas já haviam rondado um dos lugares mais difíceis de encontrar e logo chegariam aos grandes reinos.

-Bom dia, padre Hiram,- Betty cumprimentou educadamente assim que desceu da carroça,-Estou tão feliz em ver seu rosto depois de tantos anos.

-Elizabeth?,- Ele arregalou os olhos surpreso,- Eu não posso acreditar! As irmãs Topaz estão de volta na cidade,- Ele rapidamente se aproximou dela para lhe dar um grande abraço, depois ele se aproximou de mim e fez o mesmo.

-Com licença... nós nos conhecemos?,- Eu fingi não reconhecê-lo.

-Sou o Hiram, você por acaso já não se lembra de mim?

- Mas o que aconteceu com você?,- Os anos caíram sobre você de repente, está irreconhecível.

-HEY !,- ele repreendeu divertido.

- Brincadeirinha, brincadeirinha.

- Vamos entrar meninas, quero mostrar-lhes o lugar e recebê-las da melhor maneira possível.

Foi assim que nos colocaram dentro da igreja e depois de nos dar um pequeno passeio, o padre Hiram nos guiou para nossos quartos. Uma vez que estávamos sozinhas lá, tiramos todas as coisas das sacolas e as colocamos nos baús.

— Betty...— Chamei a atenção da minha irmã— Ei.

- Sim?,- Ela colocou de lado o que estava fazendo e me olhou interrogativamente.

-Você acha que um dia eu posso me casar com um cara bonito?,- Me joguei na cama, exausta da longa viagem, não tínhamos descansado bem.

- A verdade é que não sei. Você sabe que é muito difícil encontrar maridos que aceitem nosso trabalho,- Ela deu de ombros.

-São todos idiotas,- pensei, era a verdade.

- Opino igual, piolhenta.

-Piolhenta sua...

-Senhoras! Perdoem minha inconveniência, mas é hora do jantar,- A voz de um irmão me interrompeu.

— Vamos logo!— respondi, graças a Deus eu tinha chegado, senão teria que rezar muitos "pai nosso" antes de dormir, só para dizer a palavra "bunda".

- Bem, esperamos por vocês na mesa!

- Aqui todos gritam?,- Betty pergunta, deixando de lado sua espada, as nossas entranhas já nos pediam a gritos por um pouco de comida.

- Aparentemente sim, e eu gosto disso.

Eu rapidamente me levantei e nos preparamos para ir jantar. Ao chegar ao lugar onde comeríamos pode perceber que havia mais pessoas que não conhecia, assim que com vergonha eu me sento em umas das cadeiras livres.

- Garotas, deixem-me apresentar todos aqueles que vivem aqui - Padre Hiram se levantou - Começarei pelo meu querido Kevin Keller, nosso coroinha.

-Prazer senhoritas ,- Ele cumprimentou do outro lado da mesa.

- Igualmente,- respondemos em uníssono.

- Agora as freiras - Sorriu,- Desculpe, nossas irmãs - apontou para os quatro que estavam na frente de nós - Tabitha, Josie e Heather ... e obviamente não deixarei nossa amada abadessa, Alice.

- Oi meninas- irmã Josie cumprimentou muito gentil.

- Oi- Eu respondi da mesma maneira.

- Irmãzinha, um prazer conhecer você ... Elizabeth Topaz, Betty para servi-la, qualquer dia eu convido você a treinar conosco para aprender a se defender, e se você também quiser...

- Betty, deixa ela,- Toquei em seu ombro para tranquilizá-la, sempre que ela conhecia uma garota ela agia assim, certamente porque ela não estava acostumada a conversar com outras mulheres que não fossem as outras caçadoras do mosteiro ou eu.

- Sinto muito, você sabe como eu sou,- Desviou o olhar.

-E me digam garotas, como se sente matar uma bruxa? - perguntou uma das freiras, Heather,  eu acho que era o nome dela.

- Nós não as matamos - Depois de responder eu dei uma mordida no meu pão,- Só as caçamos e as entregamos ao mosteiro, eles são responsáveis por julgá-las.

- Oh, entendo.

- O que vocês fazem para manter esse físico assim...mmm ... para ficar em forma?,- Questionou a irmã Tabitha, com um sorriso de orelha a orelha e olhando para nós da cabeça aos pés.

- Eu treino diariamente até a fadiga, com minha espada,- Betty respondeu, sorrindo e fechando um olho. Eu pensei que talvez uma poeira tivesse entrado em ele.

A irmã sorriu de uma maneira muito estranha, mas eu me senti bem pela Betty, certamente poderia fazer um nova amiga.

- Seria muito ousar para pedir-lhe para me ensinar a ... defender-me com as mãos?

-Claro que não, quando quiser estarei disponível.

-Obrigada - O olhar entre ambas parecia muito intensa, eu até me assustei.

-Toni? Essa daí não mexe nem um dedo, igual o burro dela, Alberto, e ainda tem esse corpo,- Ela me apontou antes de dar uma colherada em sua sopa.

-Eu percebi,- Ela mordeu o lábio, se não fosse freira eu teria me assustado.

O jantar continuou com histórias que o padre Hiram contava de nós quando éramos pequenas e vivíamos com nossos pais na aldeia, além disso, ele explicou um pouco do que aconteceu ultimamente na cidade.

- Se você se desculpar ... - Eu levantei - eu preciso tomar um banho, muito obrigada, a comida era deliciosa.

-Claro Toni- A Abadessa sorriu,- Tabitha, por favor, guie a senhorita Topaz.

- Claro, -Em  menos de um segundo, ela já estava ao meu lado.

- Boa noite - eu me despedi.

(...)

- É aqui,- Ela apontou para um grande balde de água e para um tecido marrom que utilizavam para ninguém espiar.

-Ammm ... obrigada.

- Eu sei, não é tão chique como o que vocês têm no mosteiro, mas é o que temos.

- É claro,- eu sorri...

- Você quer que eu vigie? Digo ... uh ... para que ninguém possa ver você.

- Mas você faria isso.

- E o que eu faria? Eu sou uma freira inofensiva que só quer ser gentil - sorriu.

-Eu agradeço irmã, mas eu acho que prefiro ficar sozinha.

-Claro, como você quiser,- ela respondeu gentilmente,- No caso de você ter alguma urgência me chame.

- Obrigada.

Eu a vi se afastar e segundos depois saiu Betty da escuridão, ela tinha um enorme sorriso no rosto.

- Se não fosse uma irmã, eu diria que ela estava flertando com você.

- Eu acho que o mesmo. Você me ajuda com meu cabelo?

- Uy - Rolei seus olhos,- tudo bem.

(...)

-Toni!,- Kevin me chamou.

Eu tinha acabado de sair em busca de algo para comer, a fome bateu quando eu menos esperava e desta vez foi no meio da noite.

-Para que eu sirvo?,- perguntei depois de ter engolido meu pãozinho.

-O padre quer falar com você,- Pegando-me gentilmente, ele me guiou até o padre.

-Toni!,- Sorriu ao me ver ali,- Venha cá, preciso falar uma coisa com você.

-Sou toda de ouvidos.

—Quero lhe oferecer um pequeno emprego, isso além do que vou lhe pagar para encontrar essas bruxas.

- Conte comigo para qualquer coisa.

- Bom. Eu preciso que você se prepare para sair e cuidar dos arredores da cidade e se você puder ir para a floresta seria muito melhor.  Pelo que entendi, as bruxas vão se encontrar hoje.

-Vou contar a Betty.

- Não o faça!. Hoje vocês não vão caçá-los, eu só quero que você siga uma delas para ir com a luz do dia interrogá-la.

-Ok, vou tentar sair sem que minha irmã perceba.

-Obrigado, Toni,- Ele me deu um tapinha no ombro.

Minutos depois eu estava pronta para ir, porém a besta caiu no chão e foi ouvida.

-Onde você vai?,-Betty tinha acordado.

— Hum... Sabe, dor de barriga, tenho dificuldade de ir ao banheiro.

-Um pouco de leite e damascos, boa sorte,- Ela disse isso e adormeceu novamente.

Fiz questão de nocauteá-la e cuidadosamente saí. Então montei no meu burro e fui para a floresta, infelizmente o orçamento não foi suficiente para um cavalo.

(...)

Como disse o padre, no meio da floresta havia uma fogueira, ao redor dela muitas meninas dançavam e tocavam alguns instrumentos, pareciam felizes imersas em seu próprio mundo. Eu não queria interromper nada para evitar suspeitas, então esperei pacientemente que ela terminassem seus negócios sujos com satanás e depois disso segui uma delas até seu barraco.

-Cheryl!,- Uma das garotas estava correndo a toda velocidade atrás dela,- Você esqueceu o alecrim.

-Que impotente,- eu sussurrei. Nesse momento vi como ela se aproximou dela e beijou seus lábios com desespero — Ave Maria puríssima sem concebida... — Com uma mão cobri minha boca.  Agradeci que minhas calças tivessem bons elásticos, porque senão estariam no chão por causa da abominação que eu estava presenciando.

O mais rápido que pude procurei meu burro para sair mas não consegui encontrá-lo, quando senti os galhos quebrarem percebi que ele estava se escondendo.

-Ah, vamos Alberto, não tenho mais cenouras,- O repreendi. Como se tivesse entendido, olhou para mim indignado e fugiu.

O maldito do burro me deixou deitada no meio da floresta.

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