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Red Queen Choni Pausada



Durante os trinta minutos livres que ela tinha antes de encontrar seus dois melhores amigos desde sempre. A psicóloga correu para tomar um banho quente de ducha, apressando-se para que pudesse chegar a tempo para o encontro com Fangs e Sweet Pea, além de manter o horário de trabalho, apesar de tudo que tinha para se manter responsável. Além disso, a psicóloga ficou perdida em sua mente por alguns minutos. Sua cabeça ainda pairando sobre o que havia acontecido nas primeiras horas daquele mesmo dia, ainda fantasiando sobre as mãos quentes e macias de Cheryl em sua cintura segurando-a possessivamente, embora vindo de uma doente mental, psicopata, assassina, piromaníaca e egomaníaca criminosa, ela deveria se sentir de forma diferente. A psicóloga estava suspirando para que acontecesse novamente.

Sem mais. A psicóloga saiu do banho e ela havia perdido um pouco de tempo para poder terminar de se arrumar com calma, escovar os cabelos, ajeitar um pouco, além de se maquiar como sempre fazia. A graduada com honras de Yale terminou sua preparação rapidamente, pegando as chaves do veículo para dirigir na direção de Pop, dando uma pequena olhada de soslaio para a jaqueta de cobra no banco passageiro de seu carro, uma sensação de melancolia tomando conta de seu corpo, correndo a língua pelos lábios antes de voltar os olhos para a frente e começar a dirigir, pisando um pouco forte no acelerador. 

Tão confiante, tão indefesa. Sem saber que alguém a perseguia, ou melhor, a vigiava, a todo o momento, a qualquer hora, nas sombras, à luz do dia a olho nu. A obsessão de Harley Quinn não era saudável. Mas nunca foi falado se o Coringa tinha a mesma obsessão pela Harley. Um assassino doente, lunático, psicótico, perseguindo seu psicólogo. Isso é mais assustador. No caso de Toni, seria como se um monstro infernal se tornasse obcecado por ela. As aparências enganam, às vezes as coisas mais bonitas são as piores e mais desagradáveis ​​de todas. Os rostos mais bonitos são os mais perturbadores no final, e aquele cabelo avermelhado brilhante, volumoso e perfeito é como o fogo do inferno que consome suas vítimas até os ossos. E seus lábios grandes, grossos e charmosos que liberam palavras tão doces, tão românticas que parece que um lindo Anjo as está dizendo em seu ouvido com sua voz doce e melodiosa. Eles são tão venenosos que até as cobras teriam medo de apenas tocá-los e as palavras doces se transformam em risadas maníacas que zombam de seu triste e iminente fim.

Amor...

O que é amor?

Para muitas pessoas tem significados diferentes, desejo, luxúria, às vezes um toque de mão pode ser o maior gesto de amor. Para Cheryl Blossom é pregar uma serra elétrica e parti-lo ao meio apenas para pegar seu coração.

A psicóloga estacionou em uma das vagas em frente ao local, sorrindo ao ver as motocicletas de seus dois melhores amigos já estacionadas ao lado dela. Girando a chave, desliga o veículo e sai dele. No entanto, ela sentiu uma sensação estranha percorrer seu corpo, um instinto que sempre é ativado quando você sente que alguém está olhando para você, fazendo com que Toni tenha a necessidade de dar meia-volta, encontrando a estrada de Riverdale e a bela pintura da floresta em tons esverdeados, enquanto apenas como olhos cafés atrás dela. Os lindos olhos castanhos de Cheryl subindo em sua cabeça instantaneamente, ela não pôde deixar de pensar nela, ela estava loucamente apaixonada e ela já o tinha aceitado. Ela havia aceitado o que poderia ser sua sentença de morte.

Ignorando esse sentimento. A psicóloga voltou sua visão para seu restaurante favorito desde a adolescência, dirigindo-se a ele, apressando o passo. A campainha que ficava na porta anunciando sua entrada para todos que estavam dentro do recinto, deslumbrou e encantou a mais de um com sua beleza. Um sorriso se formou em seu lindo rosto ao ver seus dois melhores amigos sentados, esperando por ela em uma das poltronas, bem como outros dois outros rostos familiares para ela. O sargento Archiebald Andrews e Veronica Lodge, não sabia que relacionamento eles tinham, mas pareciam estar juntos na maior parte do tempo. Toni decidiu ignorá-los, caminhando na direção de onde Fangs e Sweet Pea já a esperavam com três milkshakes, além de batatas fritas. Um pequeno-almoço excelente e muito saudável.

-Pequena! Achei que tínhamos que tomar esse milkshake nós dois, achamos que você não viria mais.

Exclamou Sweet Pea, o homem que era como seu irmão claramente brincando com ela. Usando o mesmo tom infantil e burlesco que costumava usar com a mais baixa desde que eram crianças. Seu acompanheiro e  basicamente irmão para ela, também rindo da mesma forma com ela.Enquanto a psicóloga deu uma risadinha antes de se sentar em frente a eles.

- É porque você já é psicóloga formada com honras e blá blá você se esqueceu de nós, Ompaloompa?

Falou Fangs. Um tom amistoso e alegre saindo de sua voz grossa, mas ao mesmo tempo calorosa, ao mesmo tempo brincalhona. Enquanto ele dava um sorriso lindo e resplandecente para a médica, que revirou os olhos fingindo aborrecimento com aquele apelido. Embora tivesse que admitir que no início isso o incomodava, em sua época, Toni odiava ser chamada assim. No entanto, ela sabia que eles sempre faziam isso para deixá-la louca e irritá-la como sempre costumavam fazer. Mas ela sabia que eles sempre a apoiariam em tudo, como ela sempre fizera até hoje. Além disso, a mais baixa também deu a eles alguns apelidos pesados.

-Muito engraçado vindo de alguém que é literalmente chamado de ervilha doce e presas em portugues. Agradeçam por ser agradavel com vocês, estúpidos. E que concordei em vir, apesar de minha agenda lotada como psicóloga, em um dos lugares mais perturbadores e aterrorizantes de todo o país.

A psicóloga respondeu. Um tom de zombaria deixando suas cordas vocais, enquanto ela revirava os olhos fingindo aborrecimento. Da mesma forma, dando uma pequena risada para si mesma segundos depois, tomando um pequeno gole de seu milkshake de chocolate.

-Auch, você não precisava ser tão rude, Tiny. Você magoa nossos sentimentos, vai fazer Fangs chorar como quando você disse a ele que Nemo estava morto em procurando por nemo e tudo porque o pai de nemo era louco. Mas bom, paramos de incomodar você para evitar que  Fangs chore e porque sentimos sua falta.

O homem mais alto exclamou zombeteiramente para seu melhor amigo. Enquanto Fangs lhe dava um forte golpe no estômago, causando risos tanto na médica quanto nele, dos gemidos de dor de seu amigo. Que mostrou a eles o dedo médio em resposta imaturamente enquanto mostrava a língua para os dois, fingindo estar zangado da parte deles.

-Seu mentiroso! Foi você quem chorou!

Fangs fala novamente, zombando do mais alto, assim como Toni. Sweet Pea, apesar de sua aparência risonha, era o mais sensível dos três e também exagerado. Embora, claro, apenas com aqueles que consideravam melhores amigos. Toni não pôde evitar revirar os olhos com a atitude de seus melhores amigos, eles não mudaram nada.

-Idiota, pelo menos eu não era emo nos meus tempos de colégio com delineador e penteado emo, assim como nunca fui o time de Jacob no crepúsculo.

-Bom ja! Eu só acho que lobisomens são melhores do que vampiros e que Jacob era mais bonito do que Edward cheio de purpurina.

Felizmente, o novo garçom chegou com os pedidos que Sweet Pea e Fangs haviam feito antes que a mais baixa chegasse, interrompendo a briga dos dois homens. Da mesma forma, Toni levou a boca ao hambúrguer duplo, tentando não zombar dos amigos. Porque era óbvio que a mais bonita era Alice Cullen. No entanto, seus amigos eram burros demais para entender. Depois de alguns segundos, as duas cobras sulistas pigarreavam.

-Bem, deixando isso de lado. Como você está, Toni? Você está planejando deixar aquele lugar de lunáticos ou você vai se tornar um deles? Ou talvez você já tenha encontrado um bom médico ou uma bela médica? Me disseram que há muitas pessoas lindas naquele lugar.

Fangs exclamou. Um tom amigável e sincero vindo de suas cordas vocais, ao mesmo tempo que mostra interesse genuíno. Dando um sorriso genuíno e amigável para sua melhor amiga desde que eram praticamente crianças. Em seguida, pega seu próprio hambúrguer e da a ele uma grande mordida, como Sweet Pea, que ergueu e baixou as sobrancelhas de uma forma lúdica. Conseguindo deixar a psicóloga nervosa. Que quase engasgou com sua própria comida, tossindo com força, antes da súbita avalanche de perguntas que Fangs acaba de lançar.

Ela não podia dizer a verdade.

A maioria das pessoas acreditava que Cheryl Marjorie Blossom estava morta. Eles acreditavam fielmente que a Rainha Vermelha estava morta. A maioria daquela cidade consumida pela união e inquietação das pessoas naquele lugar que já foi uma cidade cheia de alegria, esperança. E o mais importante, pureza. Agora era apenas uma cidade perdida na miséria, onde o rio estava manchado com o sangue de todos aqueles que haviam perdido suas vidas naquele limbo de almas perdidas e em desgraça. Um lugar onde nem mesmo os piores demônios ousavam entrar com medo de serem devorados pelos monstros selvagens e infernais que assombravam aquele lugar escuro e sombrio. Todo mundo ainda estava com medo daquele demônio vermelho que matou mais da metade da cidade em um único dia. Metade da população de Riverdale perdeu a vida e foi abraçada pela morte graças a Cheryl Blossom, mais conhecida como a Rainha Vermelha. Alguns até acreditaram que era uma lenda urbana até que viram todas as tumbas que foram causadas por ela, onde até mesmo "heróis" caídos jaziam. Ninguém poderia estar em paz se Cheryl não estivesse morta, ainda com a danação eterna. As greves e protestos que ocorreram para que a malvada criminosa fosse condenada à cadeira elétrica ou a uma injeção fatal foram demais. Todos implorando e suplicando como cães chorando para que a ruiva recebesse um castigo mortal por todas as vítimas que ela assassinou. Porém, seu estado mental era a única coisa que conseguia mantê-la viva, seu imenso número de traumas era justificativa suficiente para mandá-la para Shady Grove, em vez da cadeira elétrica. Mas tudo isso foi mantido em segredo para que o promotor e o Sherrif não fossem linchados até a morte por deixarem aquele monstro horrível viver. Até agora, apenas membros da comunidade médica de saúde mental, policiais, militares e o prefeito sabiam a verdade sobre Cheryl, entre outros. Todo mundo pensava que ela tinha morrido frita na cadeira elétrica, ela até tinha um túmulo no cemitério de flores para torná-lo mais crível. Foi também por isso que ela estava enjaulada com segurança máxima nas profundezas de Shady Grove como o monstro que é.

- Eu... prefiro falar disso mais logo para dizer a verdade. Como estao voces ? Tem alguem ou algo assim ?

Falou a mais baixa. Sua melediosa voz tratando de conter todo o nervossismo que tinha, saindo um pouco mais aguda que o usual. Mesmo assim nao sendo demasiodo perceptível o feixe de nervos suscetíveis e alterados que sentia. Sentindo que sua corrente sanguínea estava acelerando, como as batidas de seu coração que ressoavam alto dentro de sua caixa torácica. Talvez estivesse sendo dramática e terrivelmente catastrófica. Mas ela foi inteligente o suficiente para deixar o assunto de lado, antes que se tornasse algo gravado e fora de proporção que ela não pudesse controlar. Além da estranha sensação de estar sendo observada, ainda não saía do corpo, aumentando os nervos e o desconforto que começava a sentir. Enquanto seus pulmões se inflavam de ar na tentativa de relaxar e não ser tão óbvio que ela estava escondendo algo, brincando com as mangas de seu jaleco branco sob a mesa. Ao mesmo tempo, que ela mantinha o olhar fixo em seus amigos.

-Bom, eu estou saindo com Kevin Keller, o Sherrif, ele é fofo e lindo. Gosto muito dele, não tem muito tempo que começamos a sair, mas acho que temos um futuro.

Fangs exclamou novamente. Seu tom refletia os sentimentos sinceros que sentia pelo jovem Sherrif. Quando um sorriso se formou em seu rosto involuntariamente, quando seu peito se ergueu em um suspiro comovente que expressou perfeitamente sua afeição pelo novo Sherrif. Sweet Pea fazendo uma careta de desgosto em escárnio. Enquanto a mais baixa ainda estava perdida nas profundezas de seus pensamentos, caindo em um poço sem fim onde a única coisa que ela pensava era Cheryl. Um animal violento e risonho seria uma comparação piedosa com a verdadeira besta que era. Uma maníaca total, anarquista, que não se interessa por dinheiro, uma louca que só quer espalhar o terror e fazer todo mundo perder a cabeça de uma forma ou de outra.

Mas ela é tão atraente ...

- Eu como sempre. Sou superior a todos vocês, não tenho ninguém e fico feliz com isso. Serei o cara bêbado legal que rouba as peças centrais enquanto vocês estão com seu amor. Nojento, meu único amor é cerveja, Pop's e minhas cuecas do Batman da sorte. Claro que sim.

Sweet Pea falou. Seu tom demonstrando a clara superioridade que sentia, além de um tom engraçado e zombeteiro, mostrando que ele esta apenas zombando dos amigos como ele sempre fazia, ajustando sua postura de uma forma mais confortável e que ao mesmo tempo ele mostrou confiança. O mais alto pegou seu milk-shake de morango e depois levou o copo ate aos lábios, tomando um gole de uma vez, manchando o topo dos lábios com um bigode falso formado pelo chantilly, misturado ao smoothie de morango. Fangs segurando uma risada ao ver o quão ridículo parecia seu parceiro, que parecia alheio ao que tinha acontecido, enquanto Toni ainda parecia perdida em pensamentos.

-Na verdade, eu tenho sim alguém...

Exclamou a mais baixa inesperada, assustando ambos os amigos que pareciam completamente confusos com o tremendo semblante misterioso de sua melhor amiga, ambos dedicando um olhar confuso. Sweet Pea erguendo uma sobrancelha completamente confuso com a atitude estranha da garota que era como sua irmã, assim como Fangs, parecendo completamente perplexo com as palavras que haviam saído dos lábios de sua melhor amiga.

-Toni?

-Mas voces têm que prometer que não vão contar a ninguém. Estou falando sério. Voces têm que jurar com suas vidas ...

Falou a mais baixa. Um tom completamente misterioso e um tanto perturbador deixando seus lindos lábios rosados, era como se sua voz melodiosa, porém cruel, tivesse desaparecido. Mudando para uma misteriosa, nervosa e assustadora ao mesmo tempo. Surpreendendo abruptamente seus dois melhores amigos. Eles nunca a tinham visto assim em sua vida. Ela até parecia um pouco pálida. Algo que incomodou os dois jovens. O pomo de adão de Fangs subindo lentamente enquanto ele tentava de forma abrupta e forte, piscando várias vezes, antes de voltar seu olhar para Sweet Pea. O mais alto parecia exatamente tão perplexo quanto ele. No entanto, os dois assentiram antes de falar, Sweet Pea um pouco mais lento do que Fangs.

-Juramos com a vida...

Os dois exclamaram em uníssono, antes de se olharem pela última vez. Para depois manter os olhos fixos em Toni. Que parecia uma completa estranha agora. Mais de dois minutos se passaram antes que Toni se recompusesse e respirasse fundo novamente antes de falar, respirando fundo em uma tentativa de reunir coragem. Enquanto uma gota de suor escorria discretamente por sua testa, caindo na mesa. Ela queria confessar a seus amigos por quem estava loucamente apaixonada, ela confiava neles com sua vida. Ela havia crescido com eles, eram seus irmãos. Ela poderia confiar a eles aquele grande segredo, um segredo que era como uma bomba.

Tão perigoso e que, com a menor chama poderia explodir tudo em segundos.

- Estou apaixonada por Cheryl Blossom, a rainha vermelha de Riverdale, a criminosa. Ela é uma das minhas pacientes em Shady Grove, ela está viva e é linda, fofa, doce, ela é tão perfeita. Sua pele é tão macia quando está colada a mim e é tão protetora, é como meu cupcake de cereja, estou apaixonada por ela. Ela não é o que eu pensava, ela é muito mais, inteligente, forte, protetora, ela é uma rainha e tanto, completamente charmosa. Não sei exatamente o que somos, ela não me contou nada sobre nosso relacionamento. Mas acho que ela me ama, disso tenho certeza. Talvez em breve sejamos namoradas. Não sei, só sei que a amo demais.

A psicóloga falou. Um tom totalmente sincero. Mas ao mesmo tempo tão assustador, mostrando completamente como Toni estava apaixonada por aquela criminosa perigosa. O calor se espalhou rapidamente por todo o corpo da médica com o simples pensamento da mulher, sua dona, sua imperatriz, sua rainha. Ela daria tudo por Cheryl no estado em que ela estava.

Enquanto seu coração batia como se ela tivesse corrido uma maratona. Uma combustão incandescente completa que Cheryl provocou em seu coração.

- O que !?Você é louca !? Ela é uma lunática, assassina, monstro, assassina do filho de Fp! Merda, Toni, ela deixou seu cadáver ser comido por insetos e ratos! Ela é uma lunática, psicótica! Uma criminosa!

- Ela ainda está viva !? Como aquele monstro pode estar viva depois de tudo que ela fez? Ela matou minha mãe em sua explosão mortal! Ela matou a maioria dos Serpents que estavam no parque de trailers! Ela assassinou a própria mãe, Antionette!

Ambos gritaram em todo o lugar. Eles exclamaram em voz alta suas reivindicações para a inferior, que apenas se sentia impotente em seu assento, cerrando os punhos com força, completamente irritada com as reivindicações de seus melhores amigos, lágrimas ameaçando os olhos de Fangs enquanto ele se lembrava de encontrar sua mãe dividida ao meio. Naquela noite fatídica , cerrando os punhos com força na mesa do restaurante. Por sorte, Verônica e Archie já haviam saído do local, eles eram os únicos naquele refeitório, exceto Tabitha e os garçons.

Ou bem, foi o que pensaram ...

-Não sou louca! Vocês não entendem! Vocês nunca vão entender! Vocês não a conhecem como eu, vocês não sabem por causa de tudo que ela passou! Ela me quer! Ela me ama!

A inferior exclamou com um grito alto cheio de fúria interna que estava começando a consumi-la por dentro. Seu tom calmante e enfurecido era como o silvo de uma cobra real, tóxico e venenoso. Suas palavras saíram com completo desgosto para os amigos, mostrando um lado completamente diferente daquela Toni que eles conheciam. Eles nunca a tinham visto assim. Era como se ela própria tivesse sido contaminada e consumida por um veneno mortal e contagioso. Um vírus doente e perturbado.

O lindo querubim estava sendo consumido pelas chamas do inferno que seu demônio havia colocado nela.

Sem mais. A psicóloga levantou-se da mesa completamente furiosa, frustrada e exasperada, estalou a língua num movimento involuntário e impreciso. Da mesma forma, ela deixou algumas notas sobre a mesa antes de deixar o local completamente furiosa, atrás dela os uivos de seus melhores amigos podiam ser ouvidos chamando seu nome na tentativa de fazê-la voltar e consertar as coisas. A iminente e grande preocupação refletia nas vozes de ambos com desespero. No entanto, a mais baixa decidiu passar por eles, ignorando-os completamente, deixando Pop com um semblante que contrastava completamente com o que ela havia chegado.

A médica entrou em seu carro com rapidez tentando sair da situação em que se encontrava o mais rápido possível. Ela soltou um suspiro pesado, o ar quente sendo expelido de seus pulmões para a boca totalmente estressada. A psicóloga encostou a cabeça no volante em busca de descanso por alguns segundos. Ela era uma completa idiota por contar aos amigos sobre sua paixão, eles nunca entenderiam o que ela sentia. Eles não conheciam Cheryl e claramente não pareciam conhecê-la.

Talvez Shady Grove a tivesse mudado um pouco. Mesmo assim, ela não iria aceitar, ela tinha muito orgulho para aceitar, ela também tinha coisas mais importantes para fazer. Ela não podia se atrasar para o trabalho e suas sessões com sua amada ruiva. Sem mais delongas, a psicóloga graduada decidiu iniciar seu caminho para o hospital psiquiátrico, ignorando completamente o desconforto que sentia na barriga ao se sentir constantemente observada. Provavelmente eram seus amigos idiotas olhando para ela da janela de Pop. Talvez Toni não tivesse mudado, talvez eles a tivessem mudado.

-Sua Majestade, sua Alice está indo para o matadouro. No entanto, acho que temos um pequeno negócio a tratar com Tweedledum e Tweedledee, aguardo suas ordens.

//

Cheryl adorava ver a morte pousar nos olhos de seus inimigos ou de qualquer outra pessoa. Ela não se importava com o que era. Ela ama o último suspiro que sai de seus corpos, antes que perdessem o brilho em seus olhos, no momento em que seus corações parassem de bater como um tambor alto e alto. Para se tornar praticamente nada. Ela adorava torturar pessoas até seu último suspiro. De muitas maneiras. O psicológico era para se divertir, o físico era para acabar com a vida e rapidamente. Ambas, bem, isso era uma festa, um prazer, uma ilusão desejosa que sua alma miserável e distorcida ansiava mais do que qualquer coisa às vezes. Matar já havia se tornado parte de sua natureza. No entanto, ela também tinha outro desejo oculto e misterioso. Uma saudade que desde a adolescência queria realizar. Seu maior e mais oprimido desejo. Ela também queria morrer, ansiava por acabar com a própria vida muitas vezes mais do que qualquer coisa, sempre tinha sido assim desde a morte de seu irmão. Uma cicatriz que nunca cicatrizou. Podia ser muito fácil para ela atirar em si mesma com uma arma na cabeça, se enforcar, até enfiar uma faca em sua garganta ou apenas cortar sua garganta, não era muito complicado, ela poderia fazer isso, acabaria com sua miséria. No entanto, também acabaria com toda a diversão de causar o caos completo em toda a cidade. Esse não era o legado de uma rainha.

Seu plano era destruir Riverdale, explodi-lo, acabar com todas as vidas das pessoas que viviam naquela cidade amaldiçoada ao lado do rio de almas perdidas que tirou a vida de seu irmão. Ela queria apagar aquele pequeno ponto no mapa. Ela apagaria tudo e todos até que não houvesse mais nada. Nem uma alma viva, nem um prédio, não importa o quão pequeno seja, não se importava se ela matasse pessoas inocentes ou famílias inteiras por seu pequeno capricho.

Seu outro plano era deixá-los todos loucos como aquela cidade pútrida que fizera o mesmo com ela e transformá-la em um monstro. Ela não se importava com dinheiro ou poder, Riverdale merecia uma classe melhor de criminoso e ela iria dar a ele. Ela era apenas uma infeliz dementé querendo acabar com tudo em seu caminho. Sem importância. Ela não se importava com ninguém. Ela não tinha emoções, nenhum afeto por ninguém. Ela não tinha coração. Ela queria deixar todo mundo louco. Faça-los perder a cabeça de várias maneiras. Ela queria vingança. Ela pode ser louca, mas ela também era inteligente pra caralho. Mas também sabia que para construir algo é preciso primeiro destruir o que já existe.

A ruiva estava deitada em um dos cantos de sua cela de vidro, as mãos manchadas com o sangue de um dos pacientes de Shady Grove, isso porque a caminho de sua gaiola de vidro, uma forte dor a invadiu onde deveria ser seu órgão vital. Seu coração. A única maneira que ela conhecia de saciar sua dor era machucar os outros de uma forma pior. Sem mais delongas, ela levou um dos prisioneiros que saíram pela manhã para o café da manhã, os guardas rapidamente se afastaram dela sem questionar nada. Eles nunca mexeriam com a Rainha Vermelha, ninguém o faria, ninguém que não apreciava sua vida.

Da mesma forma, a ruiva agarrou o prisioneiro pelos cabelos, arrastando sua cabeça por toda a parede de concreto do hospício, apertando com força e pressão para que sua pele fosse rasgada até que sua carne ficasse completamente destruída, sangue jorrando da bochecha do homem. Mais tarde, entre as orações do mesmo, implorando por sua vida estúpida. Se ele soubesse o quão pouco Cheryl se preocupa com um ser humano. A ruiva o acertou com força de novo, jogando a cabeça para trás, esmagando seu crânio com força contra a parede, o golpe o matando instantaneamente.

Enquanto o sangue manchava suas mãos, no momento em que seu crânio rachou. O mais estranho foi que nenhuma risada saiu de sua boca. Nada. Nem mesmo um sorriso. Ela apenas sentiu um vazio no peito, ansiando por algo. Um desejo que seus punhos não puderam cumprir. Ela realmente não sabia o que era. Mas ela tinha uma ideia. Ela não gostou nada daquilo que seu corpo aclamava com gritos agitados.

Resolveu então ir para sua jaula, onde ninguém poderia perturbá-la, além dos guardas que apontavam para sua cabeça com atiradores em qualquer caso fazendo movimentos bruscos. Mas isso era apenas besteira para ela. Eles nunca fariam mal a ela, mesmo se ela matasse um deles. Pois Cheryl estava no controle da segurança de suas famílias, eles próprios sabiam que a Imperatriz do Inferno poderia matar suas famílias em menos de um segundo se eles ousassem apenas contradizê-la. Ela tinha todas as equipes de segurança naquela masmorra que era praticamente o Asilo Arkham de Riverdale.

A criminosa implacável olhou fixamente para um ponto fixo enquanto sua mente vagava completamente em turbulência. Tentando decifrar aquele aborrecimento em seu peito. No entanto, antes que pudesse começar a analisar mais a situação, ela sentiu a coleira elétrica em seu pescoço sendo ativada, uma forte corrente invadindo seu corpo inteiro. Enquanto uma dor horrível invadia seu corpo.

-AHHH!

A ruiva gritou em desespero. Seu tom de voz soava como um grunhido alto de impotência e dor, ricocheteando nas paredes da masmorra de uma forma intensa e assustadora. Ela podia sentir as tensões penetrando em sua pele até seus nervos, passando por seu corpo de uma forma completamente comovente. Quando seus joelhos caíram no chão, Cheryl fez uma tentativa de resistir a toda a dor e evitar cair inconsciente. Ela podia sentir como os recursos, imagina, até mesmo as vozes das Irmãs da Misericórdia começaram a invadi-la. Da mesma forma, aqueles horríveis traumas de tortura começaram a invadi-la. A ruiva fechando a boca com força, enquanto seus dentes cerravam um contra o outro em um esforço para resistir.

No entanto, não demorou muito para que ela caísse no chão, inconsciente.

//

A psicóloga estava em sua mesa, enquanto ela terminava de preencher as últimas anotações que tirou de Donna na seção de hoje, assim como alguns novos medicamentos. No entanto, ela decidiu olhar um pouco mais a fundo em suas pastas, encontrando o da ruiva por quem havia se apaixonado. Ela havia acumulado mais coisas sobre Cheryl durante as sessões e não tinha conseguido anotá-las, isso porque ela estava muito distraída, fazendo sexo com a criminosa ou simplesmente porque ela estava muito encantada admirando a beleza que a bela criminosa de cabelos ruivos como uma cachoeira de fogo que dançavam no ar, deslumbrando-a com toda sua beleza.

Toni abriu a pasta de Cheryl, enquanto ela começava a anotar as últimas anotações de seu paciente. As informações acumuladas que ela tinha realmente eram muito poucas, tinha o diagnóstico dela, algumas coisas que ela tinha passado. Mas havia simplesmente algumas coisas que ainda estavam faltando. Ela conhecia a rainha vermelha, o demônio encarnado, um verdadeiro pesadelo, um monstro, ela mesmo quem fazia as pessoas bastava ouvir seu nome ou apenas mencioná-la.

Seu legado foi de morte e loucura. Toni a conhecia.

Ela era egomaníaca, egoísta, piromaníaca, psicopata, totalmente desequilibrada e obsessiva. Uma imperatriz do mal que só desencadeia o caos por onde passa. Que só quer foder e vê como mais um pedaço de carne. Ela sabia que a rainha vermelha estava brincando com sua mente. Do ponto de vista psicológico, ela, sendo obsessiva, quer tê-la e ao mesmo tempo a teme. A pior e mais perigosa criminosa tinha medo dela, mas não porque ela fosse um perigo. Ela tem medo de machucá-la. Mas ela também sabe que se um obsessivo não consegue o objeto de seu desejo...

Ela o destrói...

Ela conhecia a rainha vermelha e sabia do que ela era capaz. Ela não entendia muito bem por que se apaixonou por uma mulher tão cruel. No entanto, seu coração não conseguia parar de bater descontroladamente apenas imaginando-a, a luxúria lentamente começando a invadir seu corpo em um desejo sexual que chama a ruiva por ela. Desejando mais do que qualquer coisa estar em seus braços fortes, agora. Ainda outra parte dela queria conhecer Cheryl. Ela queria realmente conhecer a ruiva, simplesmente porque estava completamente apaixonada por ela. Ela estava perdida naqueles lindos olhos castanhos, que se perdem no momento em que seus olhos se chocam.

Chocolate e café derretendo em uma dança esplêndida.

Seus olhos a devoraram a cada movimento que ela fazia. Ela ama quando suas peles colidiam ao se encontrarem em um ato de luxúria e paixão. Ela ama quando seus lábios colidiam com os da criminosa, saboreando o pecado neles, saboreando a loucura na boca de Cheryl. Provando o veneno mais do que qualquer coisa e ansiando por ele. Ela amava cada parte de Cheryl. Ela amava cada parte da rainha vermelha.

-Dra.Antoniette Topaz na recepção! Dra. Antoniette Topaz na recepção agora!

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